Foram encontrados mais de 12 mil livros didáticos e paradidáticos, fitas VHS e documentos em um lixão na cidade de Iporá, GO. Muitos desses novos, sem nem sequer ter sido usados.
Isso mostra a falta de seriedade de parte de funcionários que trabalham na educação, contrapondo muitos profissionais responsáveis, preocupados e dedicados que tentam fazer dos nossos estudantes pessoas de futuro, prejudicando o trabalho destes e a melhora na nossa educação.
Confira a reportagem na íntegra do O Globo:
Livros didáticos são encontrados em lixão em Iporá, Goiás
A Secretaria Estadual de Educação abriu nesta terça-feira uma sindicância para investigar o aparecimento de dezenas de livros didáticos no lixão do município de Iporá, em Goiás. Segundo reportagem publicada nesta terça-feira pelo jornal 'O Popular', livros didáticos, enciclopédias e dicionários, entre novos e usados, foram descartados no fim da semana passada. São publicações que deveriam ter sido encaminhadas a escolas públicas da região, mas por motivo ainda desconhecido, nunca chegaram às mãos dos estudantes.
A secretária Milca Severino afirmou que vai fazer a apuração de todos os responsáveis e das pessoas envolvidas no procedimento que considerou 'absolutamente inaceitável'. De acordo com a secretária, mesmo livros didáticos desatualizados não podem ter como destino final o lixo.
- Todos os diretores e subsecretários receberam não somente o documento por escrito, como também orientações formais da nossa área técnica a respeito do tratamento dos livros didáticos e paradidáticos - diz Milca.
Os livros estragados ou anacrônicos são trocados por novos, restaurados ou enviados à reciclagem, segundo a secretária.
- Os livros que recebemos do governo federal, ou mesmo os que compramos, ficam todos sob responsabilidade dos diretores das escolas e das regionais. Todos que cuidam dos livros tem os documentos da legislação de como tratá-los - justificou.
Milca informou ainda que os envolvidos vão ser devidamente punidas pelo estado.
- Os livros devem chegar aos leitores. A legislação prevê inclusive exoneração.
O material jogado no lixão de Iporá já foi contaminado com dejetos e não pode ser reaproveitado. Em um prazo de 15 dias, a comissão de sindicância, que já foi registrada na portaria, vai apresentar a investigação à secretaria.